O medo é o predomínio da descrença...
A porta de entrada do desconhecido.
O medo é o deslumbrar do escuro,
Do que não foi, do que poderia ter sido.
O medo é um não constante
A nosso conforto e a nossas vontades.
O medo é um dom-inante
Dos cíclicos sofredores.
O medo é um botão de flor
Que ainda não conheceu a tempestade.
O medo é inimigo do amor...
Ou será que lhe tem amizade?
O medo é um acorde falho na melodia,
Que circula pálida por entre os corações.
O medo é a noite em pleno dia.
Também é o silêncio em nossas canções.
O medo é um pássaro que não viu o céu
E não sentiu o vento.
O medo é detentor do riso -
É um aprisionamento.
O medo é o plural de um singular:
É composto por milhares faces em uma só.
O medo é um bicho decomposto
Que de tanto temer se tornou pó.
O medo é purpurina no ar
Que cai e se espalha pelo chão.
O medo está escondido em toda parte....
O medo consigo é solidão.
O medo não sei o que quer,
Talvez seja algo tentando se libertar.
O medo são lágrimas de mulher
Que nos olhos do amor tentam secar.
O medo não é nenhum mistério...
Diferente do amor é um dependente.
O medo está guardado no interior
E escapa pelos olhos de quem o sente.
O medo é a fuga da fé,
É o precipitar no tempo.
O medo é dor desnecessária
Que só desencoraja o sentimento.
O medo é enxergar tudo em nada, e vice versa.
O medo é uma farsa.
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