Fiz
de mim escritora, ou ser escritora fez a mim?
Eu
sei, foi o amor,
Que
fiz em mim, e que me fez crer
Que
a felicidade não é utopia.
O
amor fez de mim escritora,
E
escrever fez de mim poesia.
Transbordando
assim não sei se estou
Mais
cheia ou vazia. Nem sei onde estou.
Ando
por aí perdida por inteira...
Só
me encontro escrevendo,
E
gosto tanto desses encontros
Que
me é trágica a partida.
De
onde surgem tais versos,
Senão
do meu mais profundo?
Nem
sei se são mesmo meus.
O
que é de fato meu nesse mundo?
Se
algum dia parar de escrever,
É
porque deixei de existir.
Não
digo nem mesmo morrer,
Mas
sim de mim mesma fugir.
Fiz
de mim o melhor, ou fiz de mim o que quis?
Eu
sei, foram as escolhas,
Que
fiz para mim, e que me trouxeram aqui
Para
esta poesia.
Minhas
escolhas me fizeram isto aqui
Que
ainda não descobri
Para
que de fato serve.
Só
sei que em mim a vida ferve
E de
tudo o que fiz, não me arrependo,
Porque
meu pranto segue escorrendo,
E
meu coração continua batendo,
Mesmo
depois que morri.
E
morri tantas vezes!
De
amor, de angústia, de dor...
E
todas as vezes renasci,
Após
em poesia me transpor.
A
chuva continua caindo,
Dentro
de mim, sem mesmo entender.
E
esse sofrer e amar que vêm me vindo,
Só
resta para mim sentir. E escrever.
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