Em tudo, que na
verdade é muito pouco,
Quase nada, quase
como som no vácuo:
Que não há, nem mesmo
que rouco;
Em algo, sempre
existe um sentir tortuoso.
E mais, que na
verdade é menos –
Quase insignificante,
coração distante,
Que nem ouço nem
sinto o bater,
Por algo, bateu
antes, e durante.
E paz, que na verdade
é castigo,
Quase inferno
disfarçado de abrigo,
Que queima meus
sentidos no vento...
De algo destrói o
perigo!
E talvez, que na
verdade é não –
Quase com obviamente
prévio à fronte,
Que esmurra a face do
ouvinte,
Desestabiliza cada
passo seguinte.
E algum dia, que na
verdade não virá,
Quase acorrentado no
início em que lhe espera,
Que ilumina quem
acredita na magia da primavera...
Em mim encontrará o
caminho!...
E estas águas, que
não movem moinhos,
Quase inertes no que
já não mais volta,
Estas águas estão
mortas,
E teu sabor azedo
como tal.
E essa lua, quase sem
formato,
Quase vai se
desenvolvendo em fardo,
Que pode bem ser um
bicho do mato
Perdido no imenso do
espaço.
E essa guia, quase estrela
em mulher,
Quase vai te
empurrando onde mal querem ver
Que está a angústia
mais sublime que há:
A angústia que é o
ato de ser.
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