domingo, 29 de novembro de 2015

Amor(te)





Então aquelas gotas sobre o vidro:

Chuva de nostalgia...

E as lembranças correndo com o tempo –

O vento soprando todo dia.



Então a natureza lhe sorria:

O som da cigarra, canção no silêncio...

E a memória toda escorrendo...

Lavando tudo que lhe doía.



Então os raios iluminavam...

Os olhos fechados por fim já não viam,

E não viam nada além da escuridão,

Pois navegava discreto meio ao próprio coração.



Então finalmente, sem final e sem mente,

Apenas com o coração, reaprendeu a amar,

E regou todas as sementes,

Que mesmo erroneamente, insistia em guardar.



Então o sol se pôs no horizonte,

E as estrelas, vejam só, reapareceram...

E todas aquelas implodidas, supernovas se converteram,

Super novas sobre o mais profundo dos buracos negros...



Então naquela beleza, de tudo o que sucedeu

À morte em seu próprio eu,

Nela ela mergulhou, e enfim entendeu:

O que vem da escuridão, não é de todo breu.



Então agradeceu a seu coração, e disse adeus:

Adeus à saudade, ao sofrimento e à dor...

E dentro daquela energia, que a toda ela envolvia,

Lá dentro, ela sabia: acordara para o amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário