Socorro! Só corro, e
não consigo parar!
Estou toda fatigada,
ofegante, e corroída...
São tantos socos, e
sufocos que nos tornam todos ocos...
Já nem sei se há
chegada que me valha esta corrida!
Ter tempo é ter
tempero que lhe dê graça à vida,
Porque quem corre só
tem pó como vestígio a lhe seguir –
O acúmulo do estrago
dos pesares e feridas,
Que se abrem e ali
ficam... Não há tempo a consumir.
Os meus sonhos estão
(ent)errados, não sei mais o que são.
Talvez sejam espaços
vagos ou vãos... Não estão aqui!
Tantos (pl)anos
corr(o)idos, que se foram, e eu me fu(d)i,
Porque sendo sincera,
não sei nem porque parti...
Esse ritmo
descontrolado destrói qualquer coração...
De arritmia, valvulopatia...
Apatia e solidão.
E se o mundo acaba agora, lhe valeu a maratona?
Porque sem um mar à tona, nada vale a corrosão.
Muito intrigante ! Parabéns
ResponderExcluirMuito obrigada! Fico feliz que gostou!! :D
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