segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Ama(-)dores





Ao menos os amenos sentem menos, sofrem menos,
São pequenos, mas serenos... São terrenos – não de lua.
Criaturas protegidas dos venenos, sentimentos...
Mas eu não sou amena, tampouco tenho uma armadura.
Sinto tudo, e sinto mesmo, cada segundo de um momento,
Sou amais, sou do vento... Sou bem mais que só a moldura.

Amemos os amenos, e nada menos – é o que faço...
Porque só criando laços se desameniza um coração,
Com somas daquilo que somos, numa mesma proporção.
Amenos são mornos, são sono... Ou só não são.
Mas quem é feito em chamas, sabe bem que ama,
Que tem sede e que cede... E se excede em imensidão!

Por mais que sentir menos e sofrer menos seja tentador...
Ainda assim há tanta dor! Pois sentir menos, amar menos
É desesperador! Não espere a dor para ser mais,
Seja mais para não ser dor. Não tenha calma, tenha alma,
Seja encanto, e seja amor. Seja a cor da própria vida, e
Não se preocupe em ser profissional – seja apenas um ama(-)dor!

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