O ser humano é um
troço esquisito:
Reclama do tempo, mas
dele se vê revestido...
E conforme o tempo
passa, vive um dia a mais para um dia a menos.
E quanto mais tempo
é, menos tempo tem.
Não sabe se tem
abulia, ou se se permite encharcar-se desse
Entusiasmo louco,
misto ao vislumbrar agônico do fim da linha.
Está encurralado,
entretanto não percebe a vã estafa
Que lhe vem
sorrateira, de mansinho, sugar-lhe a vida!
No limiar da morte,
renasce o tempo, ou este morre?
Continua, talvez? A
vida continua quando o outro se vai...
Mas ao outro que se
vai, resta apenas a sepultura?
Então esse, meus
queridos, esse sim é o fim dos tempos!
Ah... Eu não entendo
o tempo! Nunca entendi, e não tenho, pois, vontade!
Somos todos tão
pequenos que somos feitos de segundos.
Não o( )b(a)stante, a
poesia, esta é atemporalidade!
Cabe em tudo, sem
gravidade e sem atrito...
Porque o segundo já
passado é a poesia do infinito................................................