Ao menos os amenos
sentem menos, sofrem menos,
São pequenos, mas
serenos... São terrenos – não de lua.
Criaturas protegidas
dos venenos, sentimentos...
Mas eu não sou amena,
tampouco tenho uma armadura.
Sinto tudo, e sinto
mesmo, cada segundo de um momento,
Sou amais, sou do
vento... Sou bem mais que só a moldura.
Amemos os amenos, e
nada menos – é o que faço...
Porque só criando
laços se desameniza um coração,
Com somas daquilo que
somos, numa mesma proporção.
Amenos são mornos,
são sono... Ou só não são.
Mas quem é feito em
chamas, sabe bem que ama,
Que tem sede e que
cede... E se excede em imensidão!
Por mais que sentir
menos e sofrer menos seja tentador...
Ainda assim há tanta
dor! Pois sentir menos, amar menos
É desesperador! Não
espere a dor para ser mais,
Seja mais para não
ser dor. Não tenha calma, tenha alma,
Seja encanto, e seja
amor. Seja a cor da própria vida, e
Não se preocupe em
ser profissional – seja apenas um ama(-)dor!